Historia da JS
Introdução ▴
Para falar na fundação da Juventude Socialista, é necessário referir em primeiro lugar a fundação do próprio PS. Este é criado em 1973, em Bad Müstereifel, na Alemanha, para fugir ao regime vigente. O ato de criar um partido português fora do território seria uma forma de assegurar que não seria encerrado pela PIDE. Foi desta maneira que um conjunto de pessoas próximas de Mário Soares e da linha do socialismo democrático, todos opositores ao regime, continuaria a lutar pela democracia em Portugal, mesmo que não se encontrassem dentro das fronteiras.
A JS resulta das atividades continuadas dos Jovens Socialistas, pertencentes à Ação Socialista Portuguesa (ASP), a antecessora do PS, chamados a reforçar a campanha eleitoral de 1969 para a Assembleia Nacional. O grupo contava com nomes como o de Pedro Coelho, Jaime Gama, Alfredo Barroso, José Luís Nunes, Arons de Carvalho, entre outros.
As suas formas de atuação passavam por ações de protesto: distribuição de panfletos e do jornal da ASP nas universidades; grafitis contra o regime nas paredes de Lisboa e pela libertação de presos políticos, como exemplo de Jaime Gama e Salgado Zenha; e elaboração e distribuição do “Esquerda”.
Ao mesmo tempo, a partir do início dos anos 70, foi também importante a participação de um grupo de jovens católicos progressistas provenientes da Juventude Universitária Católica (JUC), nomes como o de José Leitão e Margarida Marques, nas ações e atividades dos Jovens Socialistas.
O trabalho deste grupo continuou, pois, a funcionar à sombra do regime vigente, pela mão da ASP, uma vez que uma organização livre de jovens socialistas estava fora de questão.